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IA e a rentabilização de trabalho rotineiro

A Inteligência Artificial (IA) está a transformar o mercado de trabalho. Uma das grandes vantagens é a eficiência e capacidade de realizar tarefas de forma automatizada. Já demonstrou ser capaz de executar milhares processos em poucos segundos, coisa que uma pessoa não conseguiria fazer. Mas, não substitui a análise humana.
IA e a rentabilização de trabalho rotineiro

A IA introduz um nível de eficiência que não se pode ignorar ou desperdiçar, já que, para além da velocidade, revoluciona fluxos de trabalho e traz insights valiosos vindos da análise automatizada dos dados. Enquanto a IA pode analisar dados passados e sugerir estratégias baseadas nesses dados, a capacidade humana de entender o cliente e as suas emoções, ainda é insubstituível.

A eficiência é uma das grandes vantagens da IA, pois acelera a automatização de tarefas. À medida que esta tecnologia evolui, as empresas irão integrá-la nos seus processos, o que terá impactos no próprio mercado de trabalho. Até há pouco tempo, a automatização estava associada apenas ao trabalho físico e manual que as máquinas podiam fazer, mas com a IA generativa, também as tarefas relacionadas com o raciocínio, a comunicação e a organização se tornaram passíveis de automatizar.

A IA generativa traz grandes avanços na capacidade de compreender e processar a linguagem humana. Permitiu o avanço de capacidades criativas, sendo capaz de produzir novas informações, não se limitando a identificar, analisar ou classificar dados existentes. Através da automatização de tarefas, a IA pode reduzir custos e aumentar a produtividade.

Apesar de a adoção da IA pelas empresas portuguesas estar ainda numa fase inicial, têm sido feitos diversos estudos, com diferentes abordagens, para prever impactos futuros, seja na criação e extinção de funções e profissões, em novas competências necessárias, novos conteúdos e novas formas de executar tarefas. Por exemplo, o “Inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas empresas”, efetuado pelo INE, diz que “Em 2023, 7,9% das empresas utiliza tecnologias de Inteligência Artificial (IA), mais 0,7 p.p. que em 2021, sendo as mais utilizadas as que identificam objetos ou pessoas através de imagens e que automatizam diferentes fluxos de trabalho ou auxiliam na tomada de decisão.”

Se a IA pode simplificar processos, reduzir erros humanos e facilitar inovações que impulsionam o crescimento económico, também vai transformar os empregos, lidar com problemas éticos e de segurança, ou com a dependência de tecnologia em detrimento do pensamento crítico, criativo e analítico.

Assim, a IA e os sistemas cada vez mais complexos e eficientes, podem ser determinantes para o crescimento do negócio, desde que, por detrás dessas inovações, estejam profissionais preparadas para crescer e evoluir com o mercado. Por isso, as chamadas soft skills, os atributos que definem os humanos, é o que nos torna realmente insubstituíveis. Criatividade, capacidade de resolver problemas, resiliência, vontade constante de aprender são habilidades que terão de continuar a existir. Só assim a IA pode ser usada para automatizar tarefas rotineiras e assim impulsionar um negócio.

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